Comunidade à beira do rio Taquari sofre quarta enchente em oito meses: 'Não tem o que fazer, é baixar a cabeça e trabalhar'

  • 14/05/2024
(Foto: Reprodução)
Bairro Hidráulica fica a 300 metros das águas do Rio Taquari, que encheu e invadiu a rua pela quarta vez em oito meses. Casa de madeira tombou e rastro de lama toma conta do lugar. 'Não tem o que fazer, é baixar a cabeça e trabalhar', diz homem atingido pelo Rio Taquari Parte do bairro Hidráulica, em Lajeado (RS), voltou a ficar alagado com as águas do Rio Taquari na madrugada de domingo (12) para segunda-feira (13). São mais de dez dias com pessoas impactadas pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul, que deixou até o momento 147 mortos, 127 desaparecidos e 617 mil desabrigados. Diego Brizola, de 33 anos, é um entre centenas de milhares fora de sua casa – ele está abrigado com amigos. Com chinelos e camiseta da seleção brasileira, o vendedor usava uma mangueira para limpar os a calçada da rua Major Amélio enquanto sua mãe, Maria, varria a lama para o mais longe que podia do seu sobrado laranja. "Aqui a água está baixando. Uma hora ela abaixa um pouco, 15, 20 centímetros. É isso aí, não tem o que fazer, é baixar a cabeça e trabalhar", lamenta Brizola, ao dizer que teve ao menos R$ 50 mil de prejuízo com as enchentes. Diego Brizola e a mãe, Maria, limpam a lama acumulada em frente à casa da família no bairro de Hidráulica, em Lajeado, que foi muito atingido pela cheia do Rio Taquari Fábio Tito/g1 "Em oito meses nós pegamos quatro enchentes. Oito meses, quatro enchentes. Uma maior do que a outra!", lamenta. O Rio Taquari subiu a 24 metros na noite de domingo (11), Dia das Mães, e voltou a invadir as casas na madrugada de segunda-feira (12). As previsões não são animadoras: há alertas de mais chuvas a partir de quarta (14), quase duas semanas desde o início das tempestades e o Guaíba, na capital Porto Alegre, voltou a ficar acima dos 5 metros. Já em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, moradores ouviram tremores de terra. A suspeita é que a chuva fez a terra ficar molhada, o que aumenta o risco de deslizamento de encostas. O governo do Rio Grande do Sul, gerido por Eduardo Leite (PSDB), afirmou que os rios Caí e Taquari vão sofrer elevações rápidas, atingindo a cota de inundação devido ao volume de chuva que atingiu o estado nas últimas 48 horas. As águas desses rios vão descer para o Rio Jacuí até chegarem ao Guaíba. Diego Brizola faz uma pausa após limpar a lama acumulada em frente à casa de sua família no bairro de Hidráulica, em Lajeado, que foi muito atingido pela cheia do Rio Taquari Fábio Tito/g1 Alívio na tragédia Maria, mãe de Diego, encontra otimismo – ou profundo alívio – no meio da tragédia. Isso porque as fortes chuvas do dia 1º de maio, início das tempestades no RS, invadiram e inundaram o sobrado de 6 metros em que a família mora e outro imóvel que eles têm na rua, onde moram cerca de 50 pessoas. "Ficamos muito felizes de chegarmos e vermos que a água da chuva não invadiu a casa, ficou no portão" diz Maria, sobre a cheia da madrugada de 12 de maio. Uma casa de madeira logo do outro lado da rua Major Amélio não teve a mesma sorte e está tombada. Mais residências foram atingidas, com lama amontoada no quintal, grudada nas paredes e saindo das janelas. A rua fica atrás do cemitério de Lajeado, que já perdeu alguns de seus muros para as águas do Taquari, que subiram os cerca de 300 metros que o separam dos túmulos. As chuvas recentes não voltaram atingir o local. Cemitério de Lajeado, à beira do Rio Taquari. Com a enchente, água chegou a encobrir e danificar túmulos e muros do local Fàbio Tito/g1 Do outro lado do rio fica uma indústria e, mais à frente, uma loja da rede Havan. O prédio de dois andares apareceu praticamente submerso em imagens aéreas do dia 1º de maio, invadido pelas águas do Rio Taquari. Na cena era possível ver pequenos pedaços da ponte que liga Lajeado ao município vizinho de Estrela. Trabalhadores usavam máquinas na manhã de segunda-feira (13) para tirar a lama e a sujeira trazida pelo rio ao andar térreo da loja. A ponte está parcialmente interditada pelos danos da enchente, que voltou a invadir e interditar ruas da região. Casa de madeira foi tombada pela força da água no bairro de Hidráulica, em Lajeado. à beira do Rio Taquari, o bairro foi fortemente atingido pela enchente Fábio Tito/g1 Interior de casa ficou coberto de lama no bairro de Hidráulica, em Lajeado. À beira do Rio Taquari, o bairro foi fortemente atingido pela enchente Fábio Tito/g1 Chinelo e guirlanda natalina são vistos em meio à lama no bairro de Hidráulica, em Lajeado. À beira do Rio Taquari, o bairro foi fortemente atingido pela enchente Fábio Tito/g1 Cemitério de Lajeado, à beira do Rio Taquari. Com a enchente, água encobriu e danificou túmulos e muros do local Fábio Tito/g1 Interior de casa ficou coberto de lama no bairro de Hidráulica, em Lajeado. À beira do Rio Taquari, o bairro foi fortemente atingido pela enchente Fábio Tito/g1

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/05/14/comunidade-a-beira-do-rio-taquari-e-cemiterio-resistem-as-enchentes-em-lajeado-rs-nao-tem-o-que-fazer-e-baixar-a-cabeca-e-trabalhar.ghtml


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